Como vivem e morrem os animais explorados pelos humanos?

A exploração animal

Os animais não humanos são explorados e mortos pelos humanos todos os dias para as mais diversas finalidades. São usados como alimentovestuáriomodelo de testes, para entretenimentolazer e como trabalhadores ou ferramentas.

A forma de exploração que mais mata animais é, disparadamente, o seu uso na alimentação. É estimado que pelo menos 2 trilhões de vertebrados sejam mortos globalmente por ano para consumo. Isso já significa que em média, em um único dia, são mortos algo em torno de 5,5 bilhões de animais. Para visualizar o quão grande é esse número, basta lembramos que há em torno de 8 bilhões de humanos no mundo. Entretanto, a esmagadora maioria dos animais que os humanos exploram são invertebrados[2]. Se incluirmos os invertebrados na conta, a quantidade total de animais mortos anualmente para consumo sobe para algo entre 9 e 25 trilhões[3].

 

A situação geral dos animais criados para consumo

A seguir, ilustraremos como exemplo da vida típica dos animais explorados a situação dos animais criados para consumo. Entretanto, é importante ter em conta que a situação dos animais explorados para outras finalidades é bastante similar.

Os animais que são criados para consumo, além de perderem a vida, normalmente padecem de intenso sofrimento, desde o momento do nascimento até o momento em que são mortos[4]. Devido à demanda por produtos de origem animal, as fazendas industriais estão organizadas para criar o maior número possível de animais no menor espaço e com o menor custo possíveis. A maioria dos animais não têm espaço algum para se mover. Muitos nem conseguem se virar. Vivem em pisos de concreto ou em grades, continuamente sobre os seus excrementos, o que lhes ocasiona várias doenças e ferimentos.

 

A situação das galinhas, frangos e pintinhos

As galinhas poedeiras vivem amontoadas em gaiolas superlotadas, em um espaço do tamanho de uma folha de papel[5]. Permanecem de pé a vida inteira sobre os arames das gaiolas. Em alguns casos, seus pés ficam presos na malha metálica e, quando são retiradas para serem encaminhadas ao matadouro, muitas vezes suas pernas se quebram e uma parte delas é arrancada.

Por sua vez, os frangos criados para a produção de carne foram geneticamente selecionados para crescerem muito rapidamente[6]. Suas pernas não suportam seu peso, o que lhes causa lesões e dor. Vários deles nem conseguem ficar de pé.

Já os filhotes machos de galinhas poedeiras não são criados para serem consumidos, pois não cresceriam tão rápido quanto aqueles selecionados para esse fim. Normalmente são então jogados em uma máquina onde são triturados vivos, ou em uma lata de lixo, onde morrem asfixiados ou esmagados pelos outros filhotes jogados sobre eles.

 

Doenças que afetam os animais explorados para consumo

Dadas as condições de superlotação, nas fazendas as doenças podem se espalhar rapidamente, dando origem a epidemias. Isso acontece tanto na criação de animais terrestres quanto aquáticos. Quando isso acontece, é comum a matança em massa de animais, incluindo dos saudáveis, mesmo quando é possível tratá-los (pois é mais barato matá-los e fazer nascer outros para substituí-los). Em relação aos animais terrestres, isso geralmente é feito enterrando os animais vivos e cobrindo-os com cal virgem, ou então fervendo-os vivos[7].

As doenças também podem ser encontradas em concentrações muito elevadas em animais aquáticos criados para consumo (embora também ocorram em alto grau entre os que vivem natureza). Assim como acontece com animais terrestres, o fato de as fazendas de criação de animais aquáticos serem superlotadas facilita muito a transmissão de doenças. A superlotação, a má qualidade da água e do ambiente, e o quão estressados ou fracos os animais estão, estão entre os diversos fatores prejudicam as condições dos seus sistemas imunológicos, tornando-os mais susceptíveis às doenças. Além disso, as substâncias químicas presentes nos tanques podem irritar suas peles e membranas mucosas, tornando-os muito suscetíveis a germes, de modo semelhante a quando sofrem devido a ferimentos. Os crustáceos também são afetados massivamente por doenças, causando, dentre outras coisas, cegueira e deformações severas. Algumas delas podem matar populações inteiras em questão de dias.

 

A situação das porcas

Muitas das porcas exploradas para fins de reprodução ficam quatro meses confinadas em minúsculas caixas de metal com piso de ripas. Elas não podem nem mesmo se virar, e só podem se deitar ou se levantar com grande dificuldade[8]. Seus músculos e articulações são gravemente lesionados e elas literalmente enlouquecem por nunca poderem se mover e devido ao tédio decorrente de nunca poderem exercer nenhuma atividade. Os leitões são desmamados a partir de três semanas de idade. Nesse momento elas são novamente engravidadas e o ciclo recomeça até que tenham três anos, quando são então mortas.

 

A situação das vacas e bezerros

As vacas, como todas as fêmeas de mamíferos, só produzem leite após darem à luz. Por isso, são engravidadas continuamente, geralmente por inseminação artificial. Os produtores não querem que os bezerros bebam o leite, pois isso diminuiria os lucros. Então, mães e bebês são separados logo após o nascimento, o que é terrivelmente traumático para ambos, que choram e gritam por vários dias. As vacas são ordenhadas normalmente por 10 meses após serem separadas de seus bebês. Depois são engravidadas novamente e o ciclo é repetido até que estejam completamente exaustas, quando então são mortas.

Os bezerros usados para produzir “carne de vitela” frequentemente vivem em gaiolas minúsculas nas quais sequer podem se virar. É comum que suas cabeças sejam imobilizadas para que não possam exercitar seus músculos, com o objetivo de tornar sua carne tão macia quanto possível. Por isso, são alimentados com fórmulas de baixo teor nutricional, tornando-os tão fracos que muitos nem mesmo conseguem andar quando são enviados para serem mortos[9].

 

Procedimentos que envolvem mutilação

Muitos mamíferos são marcados com ferros quentes e têm arrancados pedaços de seus corpos, como partes das orelhas e das caudas. Os bois e touros tem seus chifres serrados ou queimados com produtos cáusticos. As galinhas têm seus bicos cortados com lâminas quentes. Os porquinhos filhotes têm seus dentes arrancados e as caudas cortadas. Tudo isso é feito sem analgésicos ou anestesia, pois elevaria os custos sem aumento na produtividade.

 

O transporte até o abatedouro

No transporte até o matadouro, os animais são colocados nos caminhões usando espetos, martelos e bastões que dão choques elétricos. As aves são içadas como se fossem coisas. Geralmente são seguradas pelas pernas e atiradas nas gaiolas, o que muitas vezes quebra suas pernas e outros ossos[10]. As condições de superlotação nos caminhões são ainda piores do que nas fazendas. Além disso, os animais são expostos ao calor ou frio extremos e não recebem nenhuma comida ou água durante todo o transporte, pois fazê-lo não seria lucrativo. Vários animais morrem antes de chegarem ao seu destino, o que mostra o quanto sofreram na viagem[11].

 

Como os animais são mortos nos abatedouros

Os animais são mortos de maneiras que causam sofrimento excruciante. Chegando no abatedouro, recebem golpes com estacas para que se movam pelos corredores. Por vezes recebem choques elétricos com bastões e também chutes e socos. Quando não conseguem andar, são arrastados com ganchos cravados em diferentes partes dos seus corpos, que por vezes rasgam essas partes. Além disso, podem ver e ouvir outros animais sendo mortos e sentir o cheiro do sangue desses animais. Depois de serem atordoados são acorrentados pelas pernas e içados do chão de cabeça para baixo, o que por vezes quebra suas pernas.

Como as filas de animais nos matadouros precisam se mover rapidamente, esse processo é feito em alta velocidade, e então é comum que os animais não fiquem realmente atordoados e estejam plenamente conscientes ao serem esfaqueados. Além disso, muitas vezes o esfaqueamento não os mata, e então são esquartejados, fatiados, têm a pele arrancada ou são fervidos enquanto ainda estão totalmente conscientes[12]. Esse destino aguarda todos os animais usados na alimentação, independentemente de terem sido criados em fazendas industriais ou em fazendas “de criação livre”.

 

Como os animais são mortos na pesca

A pesca é uma das formas de exploração que mais mata animais. Estima-se que sejam mortos cerca de 3 trilhões de animais por ano na pesca[13]. Além de perderem a vida, os animais sofrem intensamente, seja nas fazendas de criação de animais aquáticos, seja na pesca em mar aberto. Na pesca com anzóis, o anzol perfura a boca ou outras partes do corpo e, ao arrastar o peixe para fora da água, concentra na região perfurada todo o peso do corpo do animal. Desse modo, o anzol perfura de modo cada vez mais profundo e rasga cada vez mais a parte do corpo onde foi cravado[14]. Os animais que são pescados com redes também sofrem intensamente.

As formas mais comuns pelas quais os animais pescados morrem são[15]: porque seus órgãos internos explodem devido à descompressão; sufocamento; tendo seus corpos cortados enquanto ainda estão conscientes; esmagamento devido ao peso dos outros animais empilhados ou presos nas redes; golpes na cabeça; eletrocussão; hipotermia; envenenamento por dióxido de carbono ou um tiro na cabeça. Outros são cozidos vivos ou até mesmo comidos vivos[16].

 

Exploração sobre insetos

exploração sobre insetos prejudica uma quantidade gigantesca de animais. O espaço destinado aos insetos nas fazendas é ainda menor do que aquele dado aos outros animais em proporção ao seu tamanho[17]. Antes de retirá-los do confinamento, a prática comum é deixá-los sem comida por 12 a 24 horas e reduzir a concentração de oxigênio. Em seguida são mantidos vivos e resfriados a temperaturas próximas a 0ºC. Métodos típicos de matá-los são: congelamento; imersão em água com temperatura superior a 80ºC; por micro-ondas; em fornos de túnel infravermelho e por trituração[18].

 

Atitudes opostas, dependendo da espécie das vítimas

Todo esse sofrimento e essa imensa quantidade de mortes é causada a uma quantidade gigantesca de animais não humanos todos os dias, e é amplamente considerado algo plenamente aceitável. Na verdade, a maioria das pessoas, mesmo sem refletir, solicita que isso ocorra, por meio do seu consumo de produtos de origem animal.

Entretanto, se algo similar fosse feito a membros da espécie humana, a vasta maioria das pessoas consideraria tal atitude como injustificável ou até mesmo como hedionda. Em contrapartida, a atitude de decidir colaborar ou não com a exploração animal é muitas vezes entendida como uma questão de preferência pessoal, do mesmo tipo que a escolha sobre que cor de roupa usar ou sobre que música escutar, ou como algo que apenas quem ama os animais deveria se preocupar, e não como uma questão de justiça (algo que seria amplamente reconhecido se as vítimas fossem humanas).

 

É possível justificar esse padrão duplo?

Se as pessoas possuem atitudes tão díspares dependendo da espécie a qual pertencem as vítimas, então precisam explicar por que seria correto fazer tal coisa com animais não humanos e ao mesmo tempo seria errado fazer o mesmo com humanos. Na verdade, muitas pessoas acreditam que isso é tão óbvio que não necessita de explicações. Entretanto, se é assim, então deveria ser bastante fácil justificar essa disparidade. Porém, há uma forte razão para pensarmos que não há como justificá-la, e a razão é a seguinte: aquilo que explica por que é errado fazer isso com humanos implica automaticamente que é errado fazer isso com qualquer outro ser capaz de sofrer e desfrutar. Vejamos:

A razão pela qual é injusto fazer a mesma coisa com humanos não é porque os humanos pertencem à mesma espécie que pertencemos, ou porque possuem uma série de capacidades cognitivas complexas ou uma série de relações entre si. A razão é muito mais simples: sofrer e morrer daquelas maneiras prejudica gravemente as vítimas. Entretanto, para alguém ser prejudicado gravemente por aquelas situações, não é necessário ter capacidades cognitivas complexas ou certas relações (como atesta o caso dos bebês, por exemplo). Tampouco é necessário pertencer à espécie humana: é inegável que os animais sujeitados a aquela terrível situação são enormemente prejudicados. Dizer que o seu sofrimento e suas mortes não contam porque não pertencem à espécie humana é análogo a dizer que o sofrimento e as mortes de certos humanos não contam por conta de sua raça ou gênero. Isto é, seria um caso de especismo. Por essa razão, parece não haver como justificar esse padrão duplo de moralidade baseado na espécie das vítimas.

 

REFERÊNCIAS

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Notas

[1] Doutor em Ética e Filosofia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina, coordenador geral no Brasil das atividades da organização Ética Animal (www.animal-ethics.org/pt). É autor dos livros Uma breve introdução à ética animal: desde as questões clássicas até o que vem sendo discutido atualmente (2021) e Razões para ajudar: o sofrimento dos animais selvagens e suas implicações éticas(2022). Publicou também capítulos em outras obras e artigos em periódicos especializados, que podem ser lidos aqui: https://ufsc.academia.edu/LucianoCunha. Contato: luciano.cunha@animal-ethics.org.

[2] Sobre evidência de senciência em invertebrados ver Kavaliers et. al. (1983); Lockwood (1988); Smith (1991), Mather (2001); Mather; Anderson (2007), Cabanac et. al. (2009); Carere; Mather (2019) e Ética Animal (2019a, 2021d, 2022b).

[3] Para estatísticas sobre a exploração de invertebrados terrestres, ver Schukraft (2019) e Rowe (2020, 2021a, 2021b). Sobre a exploração de vertebrados e invertebrados aquáticos, ver Fishcount (2019). Sobre vertebrados terrestres, ver Our World in Data (2018) e Sanders (2018).

[4] Para uma descrição detalhada da situação dos animais explorados, ver Horta (2017a, p. 65-97) e Ética Animal (2016c).

[5] Appleby e Hughes (1991); European Food Safety Authority (2005a).

[6] Weeks; Butterworth (2004); Bessei (2006).

[7] Antena3 (2011); Gayle, D. (2013).

[8] Marchant-Forde (2008).

[9] Van Putten (1982); Le Neindre (1993).

[10] L214 (2009, 2010).

[11] Mitchell (1992); Broom (2003); Averos et. al. (2007).

[12] Warrick (2001); Pitney (2016).

[13] Fishcount (2019).

[14] Cooke e Sneddon (2007).

[15] Robb e Kestin (2002).

[16] Robb e Kestin, Ibid.

[17] Ética Animal (2021c)

[18] Sobre esses métodos, ver IPIFF (2019) e Ética Animal (2021c).

 

Texto originalmente publicado em 

https://senciencia.org/2023/09/27/como-vivem-e-morrem-os-animais-explorados-pelos-humanos/